segunda-feira, 2 de maio de 2016

Antárctida....Muito frioooooooooo









Num dia sem nuvens no meio do Inverno sempre escuro da Antárctida, imagine-se uma massa de ar muito fria a descer uma colina de gelo e a instalar-se num buraco, onde, dia após dia, vai arrefecendo ainda mais, até se atingirem os 93,2 graus Celsius negativos. Foi isso que aconteceu a 10 de Agosto de 2010, em que, segundo as leituras de satélites, se bateu o recorde da temperatura mais baixa registada na Terra.

Este fenómeno pode ocorrer ao longo de 1000 quilómetros no Leste da Antárctica, entre o cume Argus e o cume Fuji, que definem uma extensa cordilheira de montanhas. A cúpula do Argus está a 4000 metros de altitude, a do Fuji, mais a noroeste, está a 3800 metros de altitude. Estes picos e esta cordilheira fazem parte do grande Planalto do Leste da Antárctica.

“Sempre suspeitámos de que esta cordilheira da Antárctica fosse extremamente fria, mais fria do que Vostok [a estação russa] porque fica a uma maior altitude”, diz Ted Scambos, cientista do Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, sigla em inglês), citado num comunicado da NASA. A estação russa Vostok, que está a 3488 metros de altitude, registou o anterior recorde mínimo de temperatura da Terra em 1983: 89,2 graus Celsius negativos. O recorde mundial de temperatura mais alta foi atingido a 10 de Julho de 1912 na localidade norte-americana de Greenland Ranch, na Califórnia, no Vale da Morte,  onde os termómetros chegaram aos 56,7 graus Celsius. Na Terra, entre o frio de rachar da Antárctida e o calor do Vale da Morte há uma amplitude térmica de quase 150 graus.  

Ted Scambos fez parte da equipa da NASA e dos Serviços Geológicos dos Estados Unidos, que apresentou os novos resultados na segunda-feira na conferência da União Geofísica Americana, em São Francisco. “Com o lançamento do Landsat 8, tivemos finalmente um sensor capaz de investigar aquela área com mais detalhe!!!





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